Bela, joga o cabelo, balança ao vento. E assim balança também toda a América do Sul. E cada um dos meus quarenta e seis cromossomos.
Seu frescor emana de um lugar alto e deserto, de onde o horizonte que se enxerga é branco, e quase não se ouve som algum. Só o ruído macio das coisas calmas e estáveis. Da nuvem branca, da neve branca.
É para lá que eu voo todas as madrugadas, nos meus sonhos mais perfeitos.
Ela chega, bela, e me alivia com seu frescor. Bela, me hipnotiza com suas manias de menina. E me nocauteia quando transparece, toda mulher.
À noite ela dança, colore de flor o que era só branco. A noite brilha e fica legal como uma noite bela. Agora sim, ela dança e sacode toda a pangeia. Os ritmos perdem sentido enquanto a bela se reveste de mil significados.
Quanto mais ela pergunta, mais eu quero lhe contar que a vida pode ser simples, sem tanta burocracia. A bela é esperança e muitas outras coisas que têm a ver com a vida valer a pena.
Mas se ela vai, fico preso no seu abraço. Preciso daquele frescor, porque Deus me fez quente, quase em ebulição.
Só me resta esperar o dia seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário